Mais do que procurar, pedem-se soluções! Ao longo destas últimas semanas fui escrevendo e falando (no '3 minutos da UCB Portugal) sobre os defeitos e as qualidades do povo deste país à beira-mar plantado. Muita coisa poderia ter escrito mais, mas decidi cingir-me ao essencial, na minha singela e modesta opinião. Mas a crise, a cujo agravameto temos assistido nos últimos dias, pede que se tomem medidas, que se encontrem soluções, que haja o contributo de todos. Que medidas? Que soluções? Tentemos encontrá-las, então...
Solução 1 - A verdade.
Há que ser verdadeiro. Chega de promessas vãs e pouco claras. É preciso que saibamos o quão funda vai esta crise. É preciso que a nossa preocupação nãos esteja nas TVI's ou nos Rui Pedro Rocha's ou nos Paulo Penedos desta vida. A nossa concentração deve estar centrada em saber como vai verdadeiramente este país. Quanto devemos, de quanto precisamos, o que é necessário fazer, quais os sacrifícios. É clareza neste discurso que é necessária. A primeira forma de sair de um problema é reconhecê-lo e avançar na sua direcção para o resolver. E para isso é preciso ver o problema sem nevoeiro, sem filtros nem distorções da realidade. É preciso vê-lo com olhos seriamente orientados e sem pré-concepções. É preciso ver a verdade...
Solução 2 - Colaboração
Ontem foi dado um bom passo. Gostei de Passos Coelho quando disse que o maior partido da oposição estava ali para ajudar a encontrar soluções, e quando garatiu que não contassem com o seu partido para uma crise política. É precisa colaboração, disponibilidade para fazer em conjunto aquilo que, separados, teremos muito mais dificuldade em alcançar. São precisos cortes? Comecemos pela classe política, cortando nas despesas supérfluas massivas que ocorrem na administraçao central! É precisa colaboração de todos? Então que comecemos pela classe política, que em vez e apontar problemas, deve começar a apontar soluções! É preciso mais esforço? Comecemos então todos nós a dar o exemplo, concentrando os nossos esforços em comportamentos que ajudem o nosso país, consumindo produtos nacionais, gastando menos em bens de necessidade duvidosa, e ajudando quem mais precisa de forma activa e regular. É precisa a colaboração de todos! E todos significa todos mesmo!
Solução 3 - Olhar para lá da nuvem
A nuvem é densa e a tendência é focarmo-nos dela. É preciso olhar para lá da nuvem, para lá dos problemas, para lá das dificuldades. É preciso olhar, planear, pensar como pdoeremos sair e o como podemos sair daqui. É altura de, tal como J.F.Kennedy afirmou nos anos 60, perguntar ao nosso país o que podemos fazer por ele, em vez de perguntarmoso que pode ele fazer por nós. É tempo de sermos rigorosos para com quem vive na base da desnestidade e da mentira. É tempo de dar a quem precisa e tirar a quem vive em preguiça. É preciso olhar o futuro, não apenas a nuvem, mas o futuro brilhante e radioso que nos espera...
Solução 4 - Um espírito de Inter Milão
Esta semana o Inter jogou no campo do Barcelona. Basicamente, e trocando isto por miúdos, o Barcelona é uma equipa magnífica, talvez a melhor do mundo. O Inter treinado por Mourinho, sabia que tinha pela frente uma tarefa hercúlea, e montou uma estratégia para ultrapassar o seu adversário. Viu-se confrontado com a lesão de um dos seus melhores jogadores no aquecimento. Viu-se confrontado com a expulsão de um seu jogador ainda antes da meia-hora. Decidiu jogar feio e sem grande magia. Sem floreados nem coisinhas bonitas. E passou à final! É altura de deixarmos para trás os floreados, as bonitas coisas como estádios, estradas e aeroportos, tudo coisas muito charmosas e megalómanas. É preciso jogarmos feio em direcção aos resultados de que precisamos, ficarmos cientes de que temos um objectivo pela frente, que é levantar o nosso país do marasmo em que se encontra e devolver-lhe uma esperança que parece estar perdida. É preciso compreendermos que vão ter de ser tomadas decisões pouco belas, mas indispensáveis se queremos existir daqui a 10, 20 ou 50 anos. É preciso jogar à Inter. Bonito? Que interessa o bonito se não existirmos daqui a 10 anos?
A injustiça da parábola do filho pródigo
13 years ago
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