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É fruto da maneira como vejo o mundo. Aceitam-se discordâncias e divergências, sempre dentro de uma lógica de boas maneiras, claro!

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Friday, June 22, 2007

Quando nem tudo corre como imaginamos.....

Como seres humanos, fomos habituados a pensar e planear as coisas para que corram de determinada maneira. Por um lado, revela confiança no facto de que aquilo que vamos fazer irá correr bem...mas por outro, revela alguma impreparação para lidarmos com os fracassos, insucessos e maus resultados que muitas vezes conhecemos nos diferentes momentos e nas diferentes empreitadas da nossa vida!

Estamos treinados a responder a deteminados problemas, de determinada maneira, com determinados padrões de comportamento. E quando as coisas não correm, de todo, como planeámos? E quando não acontece, nem de perto nem de longe, aquilo para o qual estamos preparados...?

Bom, a realidade é que lidarmos com o fracasso torna-se premente e essencial numa vida com sentido. Quem tem por 'hábito' mexer-se, fazer coisas, ter iniciativa, sabe que o insucesso e o fracasso são palavras que andam quase paralelas à nossa vida, e que um pequeno desvio pode significar que tocamos nelas...

Mas aquilo que poderia ou deveria ser um pequeno desvio, torna-se, muitas vezes, uma estrada permanente...o que me leva à primeira pergunta: E quando nem tudo corre como imaginamos?

Há algumas coisas que têm tendência a contecer durante esses momentos:

1. As circunstâncias tendem a puxar-nos ainda mais para baixo - quando as coisas começam a correr menos bem, por norma, tudo o que se segue são sequências de circunstâncias adversas....resultado....frustração a triplicar....

2. Parar e olhar à volta torna-se perigoso - uma das poucas alturas em que parar e observar pode não ser muito aconselhável. Vamos acabar a pensar no nosso próprio fracasso. Vamos acabar a achar que não conseguimos, ou que não somos os indicados, ou que simplesmente não temos capacidades para....resultado....mais frustração....somada a uma boa dose de derrota....

3. As soluções que aparecem no horizonte tendem a desfazer-se - é lógico....quando estamos em desepero, qualquer pequena porta nos parece um caminho fantástico. Acontece que muitas vezes, devido ao nosso 'desepero' por fazer as coisas andarem, até as portas que, na lucidez, seriam menos apetecíveis, se tornam prioritárias e vitais no meio do desespero....resultado....ainda mais frustração.....cansaço.....somado a desilusão.....

É um facto que não estamos programados para responder ao fracasso, à desilusão, à derrota...mas também é um facto que a nossa vida é escrita, todos os dias, com essas variáveis....

Sinceramente...tenho percebido que, dia após dia, temos de aprender a lidar com aquilo que não corre como pretendiamos, com o fracasso, com a derrota, porque só assim podemos manter a cabeça levantada e encontrar as soluções que nos levem a sair das situações em que por vezes nos metemos.

Persistência.... não se trata de inteligência.....não se trata de capacidade....não se trata de habilidade... trata-se de persistência! No meu modesto entender, persistência é a capacidade de fazer várias vezes algo em que acreditamos, mesmo que não resulte à primeira, à segunda ou à terceira....podemos mudar de estratégia, podemos mudar de 'embalagem', mas nunca mudamos a permissa fundamental, o produto que está dentro da 'embalagem'...'aquilo em que acredito'. A verdade é que persistência não é algo cultivado na sociedade...acabamos por criar 'flores de estufa' que desistem às primeira contrariedade.

Persistência...nem sempre...ou melhor....é raro as coisas correrem sempre como nós planeamos. Mas a persistência torna-se a vitória daqueles que são derrotados, torna-se a conquista daqueles que foram 'conquistados' pelas circunstâncias da vida!

Somos nós persistentes? Estamos nós preparados para o insucesso, o fracasso, a derrota? Sabemos nós lidar com o que corre menos bem?

Quando nem tudo corre como imaginamos.....continuemos a fazer aquilo em que acreditamos!

Wednesday, June 6, 2007

O Poder Daquilo Que Perseguimos!!!

''Sabedoria é fazer uma escolha agora com a qual ficarei satisfeito amanhã!'' Joyce Meyer...

Ouvi esta frase num dos podcasts de uma das minhas oradoras favoritas, Joyce Meyer. E confesso que os primeiros 2 minutos deste podcast me fizeram pensar muito seriamente nalguns pressupostos nos quais somos levados a acreditar e a embarcar durante a nossa vida, os quais um dia vamos perceber que estavam errados!

E como estou numa de podcasts, acabei também de ouvir um outro, de um outro orador que aprecio imenso, Matthew Barnett, onde ele fala acerca de sucesso, e de como estamos errados quando orientamos a nossa vida para o sucesso. Estes 2 podcasts fizeram-me, de facto, pensar naquilo que perseguimos na nossa vida, nas coisas com as quais gastamos o nosso tempo, na forma como tomamos as decisões e aquilo que as influencia.

Que tipo de coisas perseguimos e que tipo de tipo de coisas queremos para o nosso futuro? Existe um poder fantástico em direccionarmos aquilo que perseguimos na vida para aquilo que pretendemos que seja o nosso futuro. A realidade é que a maior parte de nós, seres humanos, passa a vida numa busca de sucesso, de felicidade, de realização pessoal, de bem-estar, de estabilidade, acabando por chegar ao final da vida verificando que muitas dessas buscas foram não só infrutíferas como erradas!

O que consideramos como sucesso? O que nos faz considerar algo ou alguém bem-sucedido? O que é o sucesso de alguém? E de que forma condicionamos a nossa vida por aquilo que é a definição e visão que a sociedade tem do sucesso?

Confesso que fiquei um pouco surpreendido ao ouvir Matthew Barnett dizer ''Eu não quero ser um sucesso!''. Mas à medida que fui ouvindo e percebendo, algumas coisas fizeram luz na minha mente pequenina! Quando tu te propões a ser um sucesso, estás a centrar as tuas preocupações em ti próprio, estás a definir-te como prioridade da tua vida...

O problema é que a busca do sucesso acaba por ser muito parecida com a busca de Salomão descrita em Eclesiastes. E tal como Salomão disse na altura, sucesso não passa, na esmagadora maioria das vezes, de vaidade. A realidade é que Cristianismo não é centrado no sucesso, porque nada no cristianismo é acerca do eu, mas sim acerca do outro (como tive oportunidade de escrever no post anterior). E a busca do sucesso, por mais altruista que seja, é sempre baseada no eu!

A busca não pode ser felicidade, sucesso, satisfação, auto-realização... a busca tem de ser cumprir o propósito de Deus, e isso é dar a mão aos que precisam, é olhar para os que estão à nossa volta e ser uma ajuda, uma influência e uma luz, é estar pronto a correr a milha extra sempre que for preciso, é pensar na nossa vida como um 'entreposto de distruibuição de Deus no mundo'!
''Deixa de tentar ser um sucesso, e usa tudo aquilo que Deus te deu para construires os sonhos de outros!'' Matthew Barnett