Pois é amigos. Ainda nenhum de nós se aperecebeu, mas faltam sensivelmente 2 meses para o espectáculo do ano: as eleições legislativas! Isso é que vai ser bonito, ver os nossos políticos na estrada, de feira em feira, de evento em evento, de comício em comício. E atrás deles todo aquele corrupio de cartazes, de barulho, de megafones, de comitivas e por aí fora.
Quem diria há 3 meses que hoje estaríamos aqui a assistir a uma verdadeira luta entre Sócrates e Ferreira Leite? Quem diria que Ferreira Leite tem reais hipóteses de se tornar primeira-ministra? A verdade é que ninguém o diria. E com todos os defeitos que a senhora possa ter, numa coisa temos de concordar: ela é fixa de ideias, persistente e não desiste. É um bom começo. Mas Sócrates também começou assim e agora virou 'bicho manso'. Vamos lá ver se chega, de um lado e de outro.
O que me interessa verdadeiramente é ouvir quem propõe o quê. Confesso que me faz confusão quem esteve até agora no Governo vir prometer coisas que já podia (e algumas devia...) ter posto em prática antes. É o mesmo que dizer 'Eh pá, pessoal. A malta esqueceu-se de pôr isto em andamento, mas pronto, não fazemos agora, mas fazemos logo a seguir à eleições, ok?' Soa sempre a incompetência, não soa? O problema é que isto acontece sempre. Só abro excepções para casos de grandes reformas (que custam muito dinheiro e que, por isso, devem ser feitas uma de cada vez, ou pelo menos de forma controlada) a serem feitas nas segundas legislaturas. O resto, estas medidas avulsas que temos ouvido, ou muito me engano ou não passam de vãs promessas. E sabemos que nas campanhas eleitorais as promessas vãs parecem as ervas depois da chuva, aparecem em todo o lado.
O caos está perto. Preparem-se para que a 'silly season' aterre em Portugal, com consequências desconhecidas, mas certamente devastadoras. Entre quem está em pânico pela possibilidade de perder o poder e quem está sedento dele, alguns hão-de morrer, outros hão-de sobreviver à pele, outros ainda emergirão como vitoriosos sobre tudo isto. É a consequência das guerras. O problema é que, no meio disto, matamos muitos que poderiam tornar-se bons, deixamos a respirar alguns que mais valia acabarmos com eles, e proclamamos vitoriosos alguns que de competência só lhe conhecem o nome, não o significado...
Termino com um belíssimo pensamento que li num artigo há meses. No fim de contas, quem manda no país é a malta do PS e do PSD. Eles é que escolhem quem é o candidato a Primeiro. A nós, resto do país, sobra-nos escolher um desses dois. E nisto cá vamos andando...
A injustiça da parábola do filho pródigo
13 years ago
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