Não sou de esquerda. Muito menos da extrema esquerda. Mas hoje, enquanto passava numa das artérias mais movimentadas da capital, um cartaz 'entrou-me pelos olhos dentro', se me é permitida a expressão. É o novo cartaz do Bloco de Esquerda e diz, muito simplesmente que 'o governo protege os banqueiros...e quem protege as pessoas?'
Grande pergunta, pensei eu. Afinal há milhões disponíveis para os bancos, mas não há os mesmos milhões para os reformados, os trabalhadores, os estudantes e os doentes. Há dinheiro para 'tapar' os buracos provocados por anos e anos de gestões danosas e ruinosas, mas não há dinheiro para desafogar as famílias portuguesas, embrenhadas no meio de um mar de dívidas fruto da dificuldade em gerir as despesas correntes obrigatórias em qualquer casa.
Afinal onde ficamos? Até eu, que não sou de esquerda, pergunto-me (e desculpem a expressão...) 'Mas que raio! Afinal há dinheiro ou não há dinheiro? E, se há dinheiro, porque é que se diz às pessoas que não há, e depois dizemos aos bancos que, sim senhor, cá têm a almofadinha de uns quantos de milhões, para cobrir os vossos erros de gestão, a vossa incompetência e o dinheiro que (como no caso BPN) meteram ao bolso.'
A pergunta do Bloco faz sentido. 'Quem protege as pessoas?' Afinal quem nos protege? Quem protege os que precisam? Quem protege os doentes, os fracos, os rejeitados? Quem protege os desafortundados? Quem protege os pobres? Neste momento não tenho resposta para esta pergunta e isso pertuba-me...
E depois digam-me se o Evangelho não está mais actual que nunca...
A injustiça da parábola do filho pródigo
13 years ago
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