Wednesday, November 28, 2007
Obsessões Aeroportuárias....
Deixando de lado o fanatismo, tentando ser simples na análise, parece-me mais ou menos óbvio que Lisboa precisa de uma nova estrutura. Também me parece óbvio que a discussão deve ser centrada em duas premissas fundamentais: localização e solução de operacionalidade. A primeira porque é óbvio que o Aeroporto deve ser feito num local estudado de uma forma prévia, séria e profunda. Parece-me, sinceramente que a discussão até há algumas semanas tinham sido pouco mais que superficial e baseada em coisas muito pouco importantes. A segunda, solução de operacionalidade, vai de encontro com a aquilo que hoje veio a público. É justificável a construção de raiz e a médio prazo de um mega-aeroporto? Ou valerá mais a pena a solução do Portela+1, com a construção modular desse segundo aeroporto (o que o tornaria significativamente mais barato e mais flexível à exigências do mercado, segundo dizem...), até ao progressivo desmantelamento da Portela e finalização, então sim, numa perspectiva de longo-prazo, do tal mega-aeroporto?
Ouvi hoje Rui Moreira, o presidente da Associação de Comércio do Porto, dizer muitas coisas acertadas, lógicas e sem fundamentalismos bacocos. Gostei, muito sinceramente... e parece-me que o contributo que ele está a dar para o processo, juntamente com a CIP, e, provavelmente, com o LNEC, serão contributos a que o país deve estar atento para que não sejam cometidos erros gigantescos, como em Atenas ou em Montreal...e se nunca viram estes exemplos, vejam bem o que lá se passou...devemos aproveitar e evitar esses erros....
Deixemo-nos de fanatismos e obsessões aeroportuárias...vamos discutir clara e frontalmente do que se trata, e chegar à melhor decisão. Não hipotequemos o futuro do país...
Tuesday, November 6, 2007
Palavra-Chave: Edificar
''Edificar. Uma palavra que representa um desafio a cada um de nós. Sermos edificadores! Perante este desafio a pergunta torna-se simples: porquê e como edificar?
Centremo-nos no que diz Paulo: ‘(…) a autoridade que o Senhor nos deu é para vos edificar, e não para vos abater (…)’*. Na realidade, este pequeno excerto mostra-nos o porquê! O poder de edificação de algo está nas nossas mãos e foi-nos confiado para que o possamos usar.
De facto, o ser humano tem uma clara necessidade de sentir que contribui para a edificação de algo. O poder que nos é confiado no dia-a-dia, é o de sermos pólos de edificação de causas comuns e de vidas individuais. A verdade é que, durante muitos anos, a Humanidade negligenciou o poder que a edificação contém em si mesma, o poder de edificar causas comuns, o poder de edificar vidas, famílias e lares! É tempo de assumirmos a nossa responsabilidade perante a sociedade de sermos claros edificadores!
Uma pergunta mantém-se: como edificar? A resposta pode ser encontrada num outro pequeno excerto da Bíblia: ‘(…) subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa (…)#’. A edificação depende de 2 decisões individuais: Esforço (subi ao monte); providenciar condições para edificarmos (trazei madeira). Edificarmos algo implica esforçarmo-nos por isso, colocarmos nisso o nosso empenho, coração e tempo. Implica, também, providenciarmos condições. Se queremos edificar relacionamentos, então temos de providenciar amor e amizade, não podemos esperar que a esses sentimentos venham de um outro qualquer lugar. Se queremos ser edificadores de vidas, temos de nos aproximar daqueles que necessitam e termos a preocupação de os edificar, dando-lhes a realidade de um futuro melhor, baseado no amor de Jesus por nós!
Lanço o desafio a cada um de nós, edifiquemos a vida daqueles que nos rodeiam, unamo-nos no sentido de edificar causas comuns nesta sociedade, defendendo valores que Cristo nos confiou. E que sejamos, no nosso dia-a-dia, verdadeiros edificadores!''
* - Em ‘O Livro, A Bíblia Para Hoje’, II Coríntios 13:10
# - em ‘Bíblia Shedd’, Ageu 1:8
Thursday, October 18, 2007
Desonestidade Moral.....
Mas não deixa de me causar uma enorme estranheza que o Público de hoje traga uma notícia que representa uma forma de actuação tão distinta quanto incoerente. Se não acreditam, reparem...
Cabeçalho da página 12 do Jornal Público de hoje, 18 Outubro de 2007: ''Ministério obriga Ordem dos Médicos a adaptar Código Deontológico à lei do aborto (...)''.
Não querendo assumir qualquer tipo de partido por qualquer lado político da contenda, a mim nunca me deixou de fazer confusão uma determinada lógica que o actual Ministério da Saúde tem levado a cabo desde início do seu mandato. Fechamos hospitais, dispensamos enfermeiros (ainda hoje no Telejornal se pôde ver isso...), fechamos centros de saúde, continuamos sem uma política de rejuvenescimento dos quadros clínicos portugueses, continuamos no obscurantismo no que toca ao relacionamento entre o público e o privado...enfim, ao longo destes dois anos e meio, a maior parte das medidas do Ministério são pesadas numa balança economicista, que, sem ser especializado na área, nem de perto, me parece que nem sempre obedece a critérios que deveriam ser o centro de um Ministério da Saúde: a proximidade, a qualidade e a garantia de que a saúde é um direito de todos (se não querem que seja removam essa parte da constituição...).
Espanta-me que o Estado esteja a financiar em grande percentagem abortos (se não estou em erro, estima-se que cada aborto custe entre 2500€ e 3000€ ao Estado, sendo que o valor que se paga é bem inferior a esse...), ao mesmo tempo que torna os verdadeiros cuidados de saúde mais caros a quem deles tem de beneficiar. Também não deixa de me causar espanto a rapidez, prontidão e firmeza com que o Ministério da Saúde trata de tudo o que tem a ver com o aborto e com causas economicistas, ao mesmo tempo que revela um silêncio ensurdecedor em relação a outros casos. Casos como o das já famosas juntas médicas da Caixa Geral das Aposentações, que, estando directamente ligado ao Ministério das Finanças, não deixa de ser uma questão de saúde (estarei assim tão enganado...?)...ora, saúde, que eu me lembre é uma responsabilidade de quem? Do Ministério da Saúde, pois claro....
A mim parece-me incoerência, desonestidade moral e uma terrível incapacidade de discernir a prioridade do acessório.
A mim parece-me que estas decisões terão sempre outras variantes, as quais, infelizmente, nunca nos chegarão ao conhecimento....é pena...a nossa saúde merecia melhor tratamento.....
Tuesday, September 25, 2007
Hoje...
Acredito que uma das coisas que maior diferença faz entre pessoas se prende com a capacidade de aproveitar o dia, olhar para ele de forma positiva, mesmo quando as circunstâncias não nos dão grande vontade para isso, olhar para cada dia com a importância que ele nos merece. Afinal, cada dia pode mesmo ser uma oportunidade para realizar algo...depende de cada um de nós.
No meio de tantas discussões inúteis, de tanto tempo perdido em mesquinhices, de tanto esforço despendido com tanta coisa que, muitas vezes, não interessa, há que aprender a olhar o hoje, o presente de uma forma responsável e não negligente...porque aquilo que fazemos agora constrói aquilo que vamos fazer amanhã. Foquemo-nos no que importa, no que constrói dignamente o nosso futuro, naquilo que pode fazer diferença...porque hoje é o melhor dia para fazer alguma coisa...sempre!
Thursday, September 13, 2007
Derrota...uma lição portuguesa....
Faz agora alguns dias que a selecção portuguesa de râguebi se estreou num mundial de râguebi, a 3ª mais importante competição desportiva à escala planetária, logo depois dos Jogos Olímpicos e do Mundial de Futebol. Tive a oportunidade de ver o encontro no último Domingo, 2 de Setembro, e confesso que houve muitas coisas que me tocaram imenso naquela tarde.
Portugal é uma equipa modesta, trabalhadora, sem grandes referências mundiais na modalidade (ao contrário da Escócia), inexperiente, presente pela primeira vez num mundial. A Escócia é só a 5ª melhor selecção de sempre em fases finais de mundiais. Experientes, com algumas figuras de proa da modalidade, claramente superiores em termos teóricos.
Na prática, os escoceses foram superiores, um jogo mais bem organizado, mais bem conseguido, técnica mais apurada. Mas não é isso que está em causa. Nem tão pouco está em causa a derrota (56-10). O que está em causa é a imagem, a determinação, a raça, o querer, o empenho...o que está em causa é a emoção, a honra, a superação, a atitude. E isso ninguém lhes pode tirar.
Infelizmente neste país olhamos muito para outros fenómenos desportivos (incluo-me no lote!), chegamos até a tomar como exemplo aquilo que esses fenómenos fazem e o que eles significam (futebol...sempre o futebol). Mas arrisco-me a dizer que nunca vi um grupo de pessoas com aquele querer, com aquele sentido de honra em fazerem o que estavam a fazer, com a determinação com que o fizeram, mesmo sabendo que, à partida, a missão era impossível.
Chorei, confesso que no momento em que Portugal fez o único ensaio do jogo, chorei...não pela vitória, não pela conquista, mas pelo brio, pelo sonho...pela consciência e mensagem que uma equipa (no verdadeiro sentido) conseguiu passar...nem sempre os fracos e derrotados são pouco valorosos...nem sempre aquele que perde é inferior àquele que ganha...nem sempre é preciso sair cabisbaixo perante uma derrota...nem sempre a derrota é vergonha...vergonha é derrota sem luta...vergonha é derrota sem honra...vergonha é derrota sem brio...vergonha é derrota significar o baixar dos braços.
Tuesday, July 3, 2007
Criando Rupturas!
A determinada altura da Sua vida, Jesus disse o seguinte: ‘’Vim trazer fogo à Terra (...) julgam que vim trazer paz à Terra? Pelo contrário, trouxe contendas e divisões! Daqui em diante as famílias se dividirão, três a meu favor, dois contra, ou o inverso. Um pai decide-se de certo modo a meu respeito , mas o filho pode fazê-lo de modo diferente; mãe e filha poderão vir a não se entender; e a decisão de uma sogra será provavelmente recusada pela nora.’ Lucas 12:49 a 53 (versão 'O Livro')
Que estranho este discurso de Jesus...vindo de alguéma quem estamos habituados a ouvir falar acerca de paz, amor, perdão, e todo este tipo de sentimentos que são, de facto, bases do cristianismo...que abordagem quereria Jesus fazer através de um discurso tão diferente do habitual, quase 'chocante'?
Na minha opinião, Jesus estava-nos a falar de rupturas. Tive oportunidade de escrever no post 'ruptura ou evolução' que Jesus foi o maior elemento de ruptura que o mundo alguma vez conheceu, já que veio romper com tudo o que estava previamente estabelecido. Ao analisarmos este texto percebemos que Jesus fala de elementos de ruptura, fala de separação, de ruptura emocional. É necessário compreender o papel de Cristo como agente de ruptura para conseguirmos compreender aquele que é também o papel dos cristãos (seguidores de Cristo): trazer rupturas à sociedade, nova maneira de fazer as coisas, nova maneira de ver as coisas, em suma, nova maneira de pensar!
E por falar em nova maneira de pensar, centremo-nos no seguinte texto: ‘’E assim, irmãos, peço-vos, através do amor de Deus, que dêem as vossas vidas a Deus. Que elas sejam como que um sacrifício vivo, santo, para Deus - o tipo de sacrifício que Ele aceitará. Quando pensamos em tudo o que Ele fez por nós, será isso pedir muito? Não se conformem com os padrões e costumes deste mundo, mas sejam como gente diferente, através da renovação da vossa maneira de pensar. E dessa forma conhecerão o que Deus deseja que façam, e verão como a Sua vontade é realmente boa, agradável e perfeita.’’ Romanos 12: 1 e 2 (versão 'O Livro')
Bom, aquilo de que Paulo nos fala aqui é de ruptura. Nova maneira de pensar. Renovação da nossa mente. Vamos decompor esta passagem para percebermos melhor de que fala Paulo.
- Dar a Vida - Dar a vida não é gastar horas, é investir tempo em pessoas. Não é dar tempo à Igreja, é fazer algo com a motivação e coração correctos. Mais do que fazer, o que temos é de analisar as motivações que estão por detrás do acto dse fazermos. Dar a vida é criar uma ruptura social que permite pensar nos outros em primeiro, que permite investir em vez de gastar tempo, que permite ser em vez de ter!
- Sacrifício - Dar algo que nos custa. Há quanto tempo não o fazemos? Será que estamos dispostos? Sacrifício não é dar algo, é abdicar da nossa 'linha de conforto'. Tants vezes fazemos coisas que até são bonitas, mas que não desafiam a nossa 'linha de conforto'. Sacrifício é aquilo que nos obriga a abandonar o nosso conforto. E a pergunta é simples....estamos dispostos a isso?
- Inconformismo - Não é insatisfação, não é achar que não está bem. Inconformismo é agir para o bem de alguma coisa. Por isso, o verdadeiro inconformismo é desconfortável, porque nos leva à acção, porque nos leva a criar rupturas, porque nos leva a fazer algo. Precisamos de agir em ruptura, fruto de inconformismo pela forma como as coisas se processam. Inconformismo leva à ruptura!
- Gente Diferente - O que te distingue dos que estão à tua volta? É simples, se somos iguais aos outros que mensagem passamos? A nossa postura firme naquilo que Deus fez em nós distingue-nos dos outros? Somos iguais a toda a gente? Que diferença pode isso fazer?
- Renovação - Tirar o que é antigo para que seja substituido por algo novo. Isso é renovação. Na nossa mente, trata-se de abdicarmos da maneira de pensar antiga, e recolocarmos uma nova forma de pensar que nos permita alcançar o plano que Deus desenhou para cada um. Trata-se de abdicarmos do que é antigo, e optarmos por uma nova maneira de ver e fazer as coisas. Rompermos com a antiga maneira de pensar, causarmos ruptura na nossa mente, para causarmos ruptura no mundo que nos rodeia.
Estamos apenas no mundo para o fazer 'andar para a frente' ou estamos aqui para trazermos rupturas, novas disposições, novidade, fruto daquilo que Deus tem feito em cada um? Pensa nisto. E desafio-te. Viver a vida em evolução ou em ruptura? Viver a vida alterando radicalmente o nosso mundo e o mundo daqueles que nos rodeiam!
Friday, June 22, 2007
Quando nem tudo corre como imaginamos.....
Estamos treinados a responder a deteminados problemas, de determinada maneira, com determinados padrões de comportamento. E quando as coisas não correm, de todo, como planeámos? E quando não acontece, nem de perto nem de longe, aquilo para o qual estamos preparados...?
Bom, a realidade é que lidarmos com o fracasso torna-se premente e essencial numa vida com sentido. Quem tem por 'hábito' mexer-se, fazer coisas, ter iniciativa, sabe que o insucesso e o fracasso são palavras que andam quase paralelas à nossa vida, e que um pequeno desvio pode significar que tocamos nelas...
Mas aquilo que poderia ou deveria ser um pequeno desvio, torna-se, muitas vezes, uma estrada permanente...o que me leva à primeira pergunta: E quando nem tudo corre como imaginamos?
Há algumas coisas que têm tendência a contecer durante esses momentos:
1. As circunstâncias tendem a puxar-nos ainda mais para baixo - quando as coisas começam a correr menos bem, por norma, tudo o que se segue são sequências de circunstâncias adversas....resultado....frustração a triplicar....
2. Parar e olhar à volta torna-se perigoso - uma das poucas alturas em que parar e observar pode não ser muito aconselhável. Vamos acabar a pensar no nosso próprio fracasso. Vamos acabar a achar que não conseguimos, ou que não somos os indicados, ou que simplesmente não temos capacidades para....resultado....mais frustração....somada a uma boa dose de derrota....
3. As soluções que aparecem no horizonte tendem a desfazer-se - é lógico....quando estamos em desepero, qualquer pequena porta nos parece um caminho fantástico. Acontece que muitas vezes, devido ao nosso 'desepero' por fazer as coisas andarem, até as portas que, na lucidez, seriam menos apetecíveis, se tornam prioritárias e vitais no meio do desespero....resultado....ainda mais frustração.....cansaço.....somado a desilusão.....
É um facto que não estamos programados para responder ao fracasso, à desilusão, à derrota...mas também é um facto que a nossa vida é escrita, todos os dias, com essas variáveis....
Sinceramente...tenho percebido que, dia após dia, temos de aprender a lidar com aquilo que não corre como pretendiamos, com o fracasso, com a derrota, porque só assim podemos manter a cabeça levantada e encontrar as soluções que nos levem a sair das situações em que por vezes nos metemos.
Persistência.... não se trata de inteligência.....não se trata de capacidade....não se trata de habilidade... trata-se de persistência! No meu modesto entender, persistência é a capacidade de fazer várias vezes algo em que acreditamos, mesmo que não resulte à primeira, à segunda ou à terceira....podemos mudar de estratégia, podemos mudar de 'embalagem', mas nunca mudamos a permissa fundamental, o produto que está dentro da 'embalagem'...'aquilo em que acredito'. A verdade é que persistência não é algo cultivado na sociedade...acabamos por criar 'flores de estufa' que desistem às primeira contrariedade.
Persistência...nem sempre...ou melhor....é raro as coisas correrem sempre como nós planeamos. Mas a persistência torna-se a vitória daqueles que são derrotados, torna-se a conquista daqueles que foram 'conquistados' pelas circunstâncias da vida!
Somos nós persistentes? Estamos nós preparados para o insucesso, o fracasso, a derrota? Sabemos nós lidar com o que corre menos bem?
Quando nem tudo corre como imaginamos.....continuemos a fazer aquilo em que acreditamos!
Wednesday, June 6, 2007
O Poder Daquilo Que Perseguimos!!!
Ouvi esta frase num dos podcasts de uma das minhas oradoras favoritas, Joyce Meyer. E confesso que os primeiros 2 minutos deste podcast me fizeram pensar muito seriamente nalguns pressupostos nos quais somos levados a acreditar e a embarcar durante a nossa vida, os quais um dia vamos perceber que estavam errados!
E como estou numa de podcasts, acabei também de ouvir um outro, de um outro orador que aprecio imenso, Matthew Barnett, onde ele fala acerca de sucesso, e de como estamos errados quando orientamos a nossa vida para o sucesso. Estes 2 podcasts fizeram-me, de facto, pensar naquilo que perseguimos na nossa vida, nas coisas com as quais gastamos o nosso tempo, na forma como tomamos as decisões e aquilo que as influencia.
Que tipo de coisas perseguimos e que tipo de tipo de coisas queremos para o nosso futuro? Existe um poder fantástico em direccionarmos aquilo que perseguimos na vida para aquilo que pretendemos que seja o nosso futuro. A realidade é que a maior parte de nós, seres humanos, passa a vida numa busca de sucesso, de felicidade, de realização pessoal, de bem-estar, de estabilidade, acabando por chegar ao final da vida verificando que muitas dessas buscas foram não só infrutíferas como erradas!
O que consideramos como sucesso? O que nos faz considerar algo ou alguém bem-sucedido? O que é o sucesso de alguém? E de que forma condicionamos a nossa vida por aquilo que é a definição e visão que a sociedade tem do sucesso?
Confesso que fiquei um pouco surpreendido ao ouvir Matthew Barnett dizer ''Eu não quero ser um sucesso!''. Mas à medida que fui ouvindo e percebendo, algumas coisas fizeram luz na minha mente pequenina! Quando tu te propões a ser um sucesso, estás a centrar as tuas preocupações em ti próprio, estás a definir-te como prioridade da tua vida...
O problema é que a busca do sucesso acaba por ser muito parecida com a busca de Salomão descrita em Eclesiastes. E tal como Salomão disse na altura, sucesso não passa, na esmagadora maioria das vezes, de vaidade. A realidade é que Cristianismo não é centrado no sucesso, porque nada no cristianismo é acerca do eu, mas sim acerca do outro (como tive oportunidade de escrever no post anterior). E a busca do sucesso, por mais altruista que seja, é sempre baseada no eu!
A busca não pode ser felicidade, sucesso, satisfação, auto-realização... a busca tem de ser cumprir o propósito de Deus, e isso é dar a mão aos que precisam, é olhar para os que estão à nossa volta e ser uma ajuda, uma influência e uma luz, é estar pronto a correr a milha extra sempre que for preciso, é pensar na nossa vida como um 'entreposto de distruibuição de Deus no mundo'!
Monday, May 7, 2007
A Incrível Qualidade de Levantarmos os Outros...
Não sei se é possível responder de forma absoluta a esta pergunta. Mas parece-me que o comportamento de Jesus tem de nos fazer pelo menos pensar na forma como as pessoas saem de perto de nós...depois de falar contigo, depois de passar algum tempo contigo, como sai uma pessoa de perto de ti? Melhor ou pior do que quando chegou?
Não há nada pior e mais desastroso para a vida de alguém que a falta de auto-confiança e uma baixa auto-estima. Deixem-me dizer-vos que estes são dos artifícios mais poderosos e capazes de nos afastarem do melhor que esta vida tem! Durante muito tempo temo-nos demitido de fazer as pessoas sentirem-se bem com elas próprias, mostrar-lhes que têm valor e um lugar a preencher neste mundo. Durante demasiado tempo temos recusado isto porque confundimos alta auto-estima com falta de humildade... nada mais falso... alguém que tenha uma elevada confiança no que faz tem sempre muito maiores possibilidades de chegar mais longe que alguém derrotado à partida! Porque continuamos a derrotar as pessoas, sem, muitas vezes, lhes darmos o apoio e a oportunidade que mude as suas vidas?
Eu tenho feito este desafio a mim próprio ultimamente (é certo que nem sempre o tenho conseguido...mas... I'm trying!), fazer com que as pessoas, quando saem de perto de mim, possam ir mais felizes, animadas e confiantes do que quando chegaram...porque esta é a única maneira de não perderem aquilo que Deus desenhou para elas!
Que incrível qualidade é esta de tornarmos o mundo dos outros mais colorido, mais alegre, com um novo sentido e um novo futuro!
Thursday, May 3, 2007
De Regresso!
Mas prometo um novo e belíssimo post para o dia de hoje ainda!
E de adiantar que valeu a pena o interregno porque o Retiro foi absolutamente fantástico...valeu muito a pena...e já agora...porque não uma passagem no cidadeaovivo.blogspot.com???
Abraços nos joanetes!
Tuesday, April 10, 2007
Ruptura ou evolução?
Confesso que hoje o meu cérebro fez um click tremendo nesta área...toda a minha vida acreditei na sociedade que muda, num mundo em constante ebulição devido às mudanças que ocorrem. Mas hoje deparei-me com uma dúvida que me fez repensar muito daquilo que pensei serem mudanças na sociedade...
Jesus. Falemos n'Ele. O que de mais importante veio Ele trazer ao mundo? Será que pegou nalguma coisa já existente e a fez evoluir? Ou será que trouxe verdadeira mudança?
Estamos a ser criados numa sociedade que nos faz acreditar na mudança, mas num conceito de mudança que de mudança tem muito pouco. Sou da opinião que, nos dias de hoje, muito pouca coisa muda, mas que quase tudo evolui. Estamos a criar homens e mulheres avessos às rupturas, avessas às grandes mudanças de fundo. Estamos a criar adeptos da evolução do mundo e da sociedade. Daí não termos um mundo que mude, mas sim um mundo e uma sociedade que evoluem.
A primeira coisa que Jesus fez foi quebrar com tudo o que estava previamente estabelecido. Isso é ruptura. Isso é mudança. Jesus conviveu com os excluídos da sociedade. Abriu-lhes as portas do reino. Jesus veio para todos aqueles que não estavam à espera dele. Jesus quebrou barreiras culturais. Jesus quebrou barreiras intelectuais. Jesus quebrou barreiras físicas. Jesus quebrou barreiras afectivas. Ele trouxe ruptura. Trouxe divisão. Trouxe polémica. Porquê? Porque o mundo não precisava, como não precisa de evolução. O mundo precisa de mudança. E evolução não é, nem nunca será, mudança.
Faltam-nos rupturas, falta-nos mudança. Porquê? Porque nos falta coragem. E como nos falta coragem , ensinamos aqueles que vêm a seguir a nós a não assumirem os riscos da mudança, porque nós já não mudamos, evoluimos. E para evoluir não é precisa coragem alguma. Mudar exige muito. Exige demais, na óptica da sociedade.
Papel da Igreja? Agente de ruptura na sociedade. A Igreja deve causar rupturas? Não só deve, com tem de o fazer. É o seu papel. A evolução não leva a lado algum. Evoluir não significa só melhorar as coisas boas, como piorar as coisas menos boas e amplificá-las. Sempre foi assim e sempre será.
Mas porque criámos um mundo tão avesso à mudança? Porque deixámos de acreditar nas rupturas? Porque não queremos mais que 'evoluir na continuidade'? Porque retirámos o elemento coragem da equação da nossa vida? Porque tentamos criar algo tão maquinal, que nos posibilite ter o controlo total sobre todas as coisas? Porque não conseguimos lidar com o que não está debaixo das nossas mãos? O que nos falta para sermos agentes de mudança? O que nos falta para assumirmos verdadeiras rupturas na sociedade que nos permitam construir uma sociedade diferente? Porque desenvolvemos um medo de morte de tudo o que é abrupto, de tudo o que é não preparado?
Vamos mudar o mundo? Ou simplesmente evoluí-lo?
Thursday, April 5, 2007
Imigração!
Thursday, March 15, 2007
E Futebol?!?!?!?!?Não Há Futebol??!?!?!!?
Tuesday, March 6, 2007
Sobre Mails Sentimentalistas....
Estou a falar-vos, nada mais, nada menos, daqueles mails que enchem a nossa caixa e que dizem coisas no fim como, e passo a citar, ''e se não reenviares isto, pelo menos a 10 pessoas, serás infeliz para todo o sempre''.
Mas será que alguém me pode explicar que avanço podemos esperar para a humanidade quando andamos a enviar mails uns aos outros só com conteúdos deste género?
Bom, tenho algumas dúvidas relativamente a estes mails que gostava de ver esclarecidas. Por isso, e na esperança que um dos incultos leitores do meu blog (a começar por eu mesmo....) me possa esclarecer estas dúvidas, coloco-as aqui...
Primeiro, e já que a maior deles falam de azar se não fizermos não sei não sei que mais, a pergunta é: mas quem é que lança o tal do azar? É o próprio PC (ah, não estou a falar do Pinto da Costa, mais atenção amigos...), ou há algum mecanismo inventado pela microsoft que automaticamente reconhece que há e tal, o gajo não reenviou o mail, e pumba, toma lá um pneu furado, ou então um par de coisos na testa, por causa do azar ao amor e tal e o camandro! E se de facto for o PC a lançar o dito cujo do azar? Será que existe alguma opção no Norton ou no Panda para activação de algo do género anti-mensagensparvasestúpidaseinuteis?
Thursday, March 1, 2007
O Túmulo de Jesus?!?!
Muitos já se levantaram recusando essa hipótese, mas o que eu quero falar não é acerca da veracidade ou não daquilo que James Cameron afirma ter descoberto...
A minha pergunta é: Mas o que é que isso muda???
Como cristão convicto não acredito apenas na ''estória'' de Jesus, acredito no relacionamento pessoal que cada um pode ter com Ele! E se viesse toda a comunidade científica dizer que sim, que ali estão os ossos de Jesus? O que eu tenho como prova irrefutável daquilo que Ele é, é o relacionamento que tenho com Deus! Nada do que possa vir ou aparecer pode apagar a vida que Ele deu por mim, aquilo que me faz viver com paixão, garra e determinação no dia-a-dia, aquilo que me faz dizer que, independentemente de tudo, Ele está em primeiro lugar, em toda a hora, em todo o tempo...isto é incondicional, não é negociável, não se muda com descobertas, com teorias, com textos letrados ou com ciência, vive-se!
Mas o que é que isso muda? Em mim, não pode mudar nada, apenas porque o que acredito não é passível de ser mudado! Não é algo que tenha de ser acreditado pela razão...sempre que o ser humano seguiu a razão na História coisas grandes ficaram por fazer... A História não é escrita pela razão, é escrita pela fé, pelo acreditar, pela ousadia, pelo esforço, pela inegociabilidade daquilo que são verdades eternas, as quais o Homem nunca poderá negar, esconder ou subjugar!
Mas o que é que isso muda? Nada, absolutamente nada...e aquele que quiser chegar-se a Ele, terá sempre, sempre, os braços, as portas abertas!!! Afianl de contas esse é o ponto mais fantástico de tudo o que Cristo veio fazer a este mundo!!!
Tuesday, February 27, 2007
John Mayer do Fado?!?!?!?!?
Mas de facto, faz-me pensar e teorizar acerca do John Mayer e do fado!
Em primeiro lugar, um agradecimento ao senhor que me introduziu (seja o que for que isto quer dizer...) verdadeiramente a John Mayer, o mr. Gay, perdão, mr. André Fadista, mais famoso por ser o melhor jogador de futebol do quintal dele.
Feitos os agradecimentos, passemos à problemática em questão. Quem me conhece sabe que, de facto, sou muito apreciador de John Mayer, nomeadamente (já pareço aqueles polícias das operações stop!!!) de temas como Daughters, Bigger Than My Body, Neon e Victoria. Quem conhece John Mayer, mesmo que superficialmente, também estará a pensar que poderá o coitado (ah,ah e a palavra coitado vem de onde? Pensem e investiguem...) ter a ver com fado. Bem, não o estou a ver num qualquer concerto em New Jersey, Washington , ou mesmo na Damaia, a atirar umas notas do tipo ''Povo que Lavas no Rio'' ou então até mais popular, na onda da ''Casa Portuguesa''. De facto não estou a visualizar este tipo de situação...
Também não estou a ver o Sr. John Mayer (sim, haja respeito!) num qualquer beco de Lisboa (não, não é isso que estão a pensar!!!) encafifado numa casa de fados, a tresandar a chouriço assado e a vinho de barril, a ganhar qualquer coisa como 100 euritos à noite (isto sim, já parece atal outra coisa que estavam a pensar à bocadinho...)...ou então a pedir dois copos de vinho à empregada (quem sabe do que estou a falar vai achar piada a esta...eheheheheh)!
Isto leva-me ao ponto central da minha teoria fado-mayeriana! Porque raio chamar-me o John Mayer do fado? Será uma campanha orquestrada contra a minha pessoa, para terminar de vez uma brilhante e promissora carreira musical? Será simples inveja? Ou será que faz tudo parte de um plano orquestrado à escala mundial para derrubar Santana Lopes do governo de Portugal (ah, porra, esqueçam, isso já foi à 2 anos....tenho de deixar o Prozac...dá-me cabo da memória...)?
Bem, o que me parece é que se trata mesmo de pura incompetência e incapacidade de percepção da realidade provocada por demasiada exposição do organsimo de certas e determinadas pessoas (não obriguem a falar, sou como o Octávio Machado, no dia em que abrir a boca, meio mundo vai preso...) a substâncias químicas e/ou tóxicas!
Mas quem me ouviu no último Sábado a cantar com mestria triunfal o ''Fado do Estudante'' sabe que, de facto, sou um talento nato, e que estou apenas à espera de uma conjugação de desastres naturais para me poder revelar ao mundo... mas pode também ser só impressão minha e que amanhã isto me passe de vez...e daí talvez não...costumam-me dizer que só passava se fosse para um tal de Júlio de Matos (não conheço o senhor, ele que me desculpe...) e ficasse lá uma temporada...não sei...mas se fosse para o Benfica ser campeão até passava lá duas...podia ser que ganhássemos a Liga dos Campeões...
Um abraço deste que tanto vos quer...(esqueçam...isto é lá daquela música dos Rio Grande...raio do Prozac...)
De volta!
Monday, February 19, 2007
II Grande Noite do Fado Está Perto!!!!
Wednesday, February 14, 2007
Sobre o Aborto!
1.Que tipo de acompanhamento vai ter uma mulher, pré, durante e pós aborto?
2.Vai haver algum tipo de aconselhamento à decisão? (já ouvi falar em tempo de reflexão, ao que parece 3 a 5 dias, mas disto ainda não...)
3.Porque é que o pai não tem, sequer, uma palavra a dizer?
4.Como se vai evitar o 'aborto por coacção'?
5.O aborto vai ser feito só dentro do Serviço Nacional de Saúde, ou também em clínicas privadas? (sim, interesse económico pelo meio....)
6. Como vamos evitar o mais que normal aumento do número de abortos no nosso país?
Gostaria mesmo de ver estas e outras perguntas muito bem esclarecidas...mesmo já estando fora de tempo...afinal, o referendo já lá vai.....
Paixão!
Gostava de deixar algumas reflexões sobre o que a paixão pode fazer à nossa vida:
«A partir do momento em que te comprometes a fazer algo sério, se essa coisa entra no teu sangue, então aí é muito difícil alguém conseguir impedir-te» Bill Crosby, comediante;
Paixão:
1. É o primeiro passo para a realização – individual e colectiva. Paixão aumenta o fogo. Fogo aumenta o desejo. Desejo aumenta o potencial;
2. Aumenta a Força de Vontade – a paixão é o combustível da vontade;
3. Transforma-nos – a tua paixão aumenta a influência que tens nos outros e no mundo que te rodeia;
4. Torna possível o impossível – uma alma incendiada não conhece impossibilidades, inabilidades oui incapacidades;
O Início!!!!
Como se já não bastasse a qualidade de imensos blogs que para aí andam, eis que eu, Exmo. Sr. Ruben Barradas, decidi, também, tomar o meu espaço na blogosfera!
Agora a sério, prometo dizer barbaridades quando me apetecer dizê-las, prometo falar de coisas sérias quando estiver para aí virado, prometo comentar a actualidade quando for necessário (e se calhar, algumas vezes, mesmo quando for desnecessário!) e prometo que valerá a pena fazer uma visita regular a este espaço...
Fiquem bem!