Bom, parece que tudo em Portugal se resume, de quando em vez, a aeroportos, estudos sobre aeroportos, viabilidade aeroportuária desta ou daquela possível localização...somos circunstacialmente salpicados com um ou outro assunto, mas, regra geral, e de tempos a tempos, lá vem um novo estudo, desenvolvimento, descoberta ou opinião mais ou menos credível, levantar novamente a discussão....
Deixando de lado o fanatismo, tentando ser simples na análise, parece-me mais ou menos óbvio que Lisboa precisa de uma nova estrutura. Também me parece óbvio que a discussão deve ser centrada em duas premissas fundamentais: localização e solução de operacionalidade. A primeira porque é óbvio que o Aeroporto deve ser feito num local estudado de uma forma prévia, séria e profunda. Parece-me, sinceramente que a discussão até há algumas semanas tinham sido pouco mais que superficial e baseada em coisas muito pouco importantes. A segunda, solução de operacionalidade, vai de encontro com a aquilo que hoje veio a público. É justificável a construção de raiz e a médio prazo de um mega-aeroporto? Ou valerá mais a pena a solução do Portela+1, com a construção modular desse segundo aeroporto (o que o tornaria significativamente mais barato e mais flexível à exigências do mercado, segundo dizem...), até ao progressivo desmantelamento da Portela e finalização, então sim, numa perspectiva de longo-prazo, do tal mega-aeroporto?
Ouvi hoje Rui Moreira, o presidente da Associação de Comércio do Porto, dizer muitas coisas acertadas, lógicas e sem fundamentalismos bacocos. Gostei, muito sinceramente... e parece-me que o contributo que ele está a dar para o processo, juntamente com a CIP, e, provavelmente, com o LNEC, serão contributos a que o país deve estar atento para que não sejam cometidos erros gigantescos, como em Atenas ou em Montreal...e se nunca viram estes exemplos, vejam bem o que lá se passou...devemos aproveitar e evitar esses erros....
Deixemo-nos de fanatismos e obsessões aeroportuárias...vamos discutir clara e frontalmente do que se trata, e chegar à melhor decisão. Não hipotequemos o futuro do país...
A injustiça da parábola do filho pródigo
13 years ago
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