Não é um caso de moralismo exacerbado (quem me conhece sabe que não sou desse tipo de moralismo puritanos, muitas vezes demagogos...), nem tão pouco um caso de indignação típica de português, em que tudo está mal, tudo tem de ser mudado, que o Primeiro-Ministro isto, que o Presidente da República aquilo....nada disso....
Mas não deixa de me causar uma enorme estranheza que o Público de hoje traga uma notícia que representa uma forma de actuação tão distinta quanto incoerente. Se não acreditam, reparem...
Cabeçalho da página 12 do Jornal Público de hoje, 18 Outubro de 2007: ''Ministério obriga Ordem dos Médicos a adaptar Código Deontológico à lei do aborto (...)''.
Não querendo assumir qualquer tipo de partido por qualquer lado político da contenda, a mim nunca me deixou de fazer confusão uma determinada lógica que o actual Ministério da Saúde tem levado a cabo desde início do seu mandato. Fechamos hospitais, dispensamos enfermeiros (ainda hoje no Telejornal se pôde ver isso...), fechamos centros de saúde, continuamos sem uma política de rejuvenescimento dos quadros clínicos portugueses, continuamos no obscurantismo no que toca ao relacionamento entre o público e o privado...enfim, ao longo destes dois anos e meio, a maior parte das medidas do Ministério são pesadas numa balança economicista, que, sem ser especializado na área, nem de perto, me parece que nem sempre obedece a critérios que deveriam ser o centro de um Ministério da Saúde: a proximidade, a qualidade e a garantia de que a saúde é um direito de todos (se não querem que seja removam essa parte da constituição...).
Espanta-me que o Estado esteja a financiar em grande percentagem abortos (se não estou em erro, estima-se que cada aborto custe entre 2500€ e 3000€ ao Estado, sendo que o valor que se paga é bem inferior a esse...), ao mesmo tempo que torna os verdadeiros cuidados de saúde mais caros a quem deles tem de beneficiar. Também não deixa de me causar espanto a rapidez, prontidão e firmeza com que o Ministério da Saúde trata de tudo o que tem a ver com o aborto e com causas economicistas, ao mesmo tempo que revela um silêncio ensurdecedor em relação a outros casos. Casos como o das já famosas juntas médicas da Caixa Geral das Aposentações, que, estando directamente ligado ao Ministério das Finanças, não deixa de ser uma questão de saúde (estarei assim tão enganado...?)...ora, saúde, que eu me lembre é uma responsabilidade de quem? Do Ministério da Saúde, pois claro....
A mim parece-me incoerência, desonestidade moral e uma terrível incapacidade de discernir a prioridade do acessório.
A mim parece-me que estas decisões terão sempre outras variantes, as quais, infelizmente, nunca nos chegarão ao conhecimento....é pena...a nossa saúde merecia melhor tratamento.....
Mas não deixa de me causar uma enorme estranheza que o Público de hoje traga uma notícia que representa uma forma de actuação tão distinta quanto incoerente. Se não acreditam, reparem...
Cabeçalho da página 12 do Jornal Público de hoje, 18 Outubro de 2007: ''Ministério obriga Ordem dos Médicos a adaptar Código Deontológico à lei do aborto (...)''.
Não querendo assumir qualquer tipo de partido por qualquer lado político da contenda, a mim nunca me deixou de fazer confusão uma determinada lógica que o actual Ministério da Saúde tem levado a cabo desde início do seu mandato. Fechamos hospitais, dispensamos enfermeiros (ainda hoje no Telejornal se pôde ver isso...), fechamos centros de saúde, continuamos sem uma política de rejuvenescimento dos quadros clínicos portugueses, continuamos no obscurantismo no que toca ao relacionamento entre o público e o privado...enfim, ao longo destes dois anos e meio, a maior parte das medidas do Ministério são pesadas numa balança economicista, que, sem ser especializado na área, nem de perto, me parece que nem sempre obedece a critérios que deveriam ser o centro de um Ministério da Saúde: a proximidade, a qualidade e a garantia de que a saúde é um direito de todos (se não querem que seja removam essa parte da constituição...).
Espanta-me que o Estado esteja a financiar em grande percentagem abortos (se não estou em erro, estima-se que cada aborto custe entre 2500€ e 3000€ ao Estado, sendo que o valor que se paga é bem inferior a esse...), ao mesmo tempo que torna os verdadeiros cuidados de saúde mais caros a quem deles tem de beneficiar. Também não deixa de me causar espanto a rapidez, prontidão e firmeza com que o Ministério da Saúde trata de tudo o que tem a ver com o aborto e com causas economicistas, ao mesmo tempo que revela um silêncio ensurdecedor em relação a outros casos. Casos como o das já famosas juntas médicas da Caixa Geral das Aposentações, que, estando directamente ligado ao Ministério das Finanças, não deixa de ser uma questão de saúde (estarei assim tão enganado...?)...ora, saúde, que eu me lembre é uma responsabilidade de quem? Do Ministério da Saúde, pois claro....
A mim parece-me incoerência, desonestidade moral e uma terrível incapacidade de discernir a prioridade do acessório.
A mim parece-me que estas decisões terão sempre outras variantes, as quais, infelizmente, nunca nos chegarão ao conhecimento....é pena...a nossa saúde merecia melhor tratamento.....
1 comentários:
Eu não acho que seja somente um caso de desonestidade moral. Acho que é mesmo um caso dos mais diabólicos possíveis. Penso que este ministro da saúde, Correia de Campos, deveria ser preso e incrimindado por atentados à saúde pública e à humanidade. Estou a dizê-lo com todas as letras e não numa forma irónica. Ricardo
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