A discussão no Facebook já vai longa, portanto vamos lá recentrar a questão, se me é permitido...
1.Não sou a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo, o que não quer dizer que tenha de os perseguir impiedosamente com uma cruz na mão gritando 'vai de retro, Satanás', nada disso.
2.Não sou a favor da adopção de crianças por casais homossexuais. A questão que levantei tinha um único propósito: descobrir o contrasenso da argumentação dos que defendem o casamento, mas que não vão legalizar a adopção, apenas e só isso...
E a minha posição tem uma lógica. Não sou acusador nem moralizador da sociedade, pelo que nunca andarei por aí a levantar a alguém ou a alguma classe de pessoas, sejam eles quem forem. Isso não quer dizer que me coloco ao lado dos seus comportamentos. Por exemplo: quando alguém visita um assassino a uma cadeia, para o ajudar a encontrar o seu caminho em Deus, está a apoiar o assassinato que essa pessoa promoveu? Não, está, isso sim, a trazer uma nova esperança, e a fazer aquilo que Jesus sempre fez: dar uma oportunidade àqueles que a sociedade escorraçou. Não comparo um assassino a um homossexual, mas ao dizer que deveriamos ter as nossas portas abertas àqueles cuja sexualidade difere da nossa, apenas estou a dizer aquilo que creio que Jesus faria. Sim, eu creio que ele se daria com os homosseuxais, porque eles precisam tanto do amor de Deus como eu. O exemplo da mulher adúltera é taxativo. Quando Jesus disse 'aquele que nunca errou, que atire a primeira pedra' estava a declarar que o adultério já não era pecado? Não, estava sim a dar uma nova oportunidade àquela mulher, que de outra maneira teria sido morta naquele lugar.
Quantos homossexuais já não foram 'mortos' para um relacionamento com Deus porque a nossa atitude enquanto embaixadores é a que é? Quantos já não viram esfriar ou desaparecer um desejo de perceber quem Deus é, porque a Igreja não é capaz de responder, de os receber, de os ajudar, como fazemos com tantos outros tipos de pessoa? A igreja, que deve ser inclusiva, tornou-se um pólo de rejeição para estas pessoas? Será isto correcto?
Quanto à adopção. Reafirmo que não sou a favor. Não devido à questão educativa, mas porque não acredito na homossexualidade como um estilo de vida, logo não acredito que daí possa surgir uma família no seu pleno direito. A única coisa que afirmei foi que acredito ser contrasenso propôr-se uma coisa sem se propor a outra. Se o grande argumento para se legalizar o casamento é o da igualdade de direitos, então também deveriamos permitir que essa igualdade incluisse a adopção. Também não sou hipócrita. Mesmo não acreditando na homossexualidade como estilo de vida, creio que muitas das crianças orfãs e rejeitadas que vivem nas instituições, viveriam melhor em lares, mesmo sendo estes de casal homossexual. Volta a dizer que com isto, não me declaro a favor. Apenas estou a explanar a fraca qualidade do argumento da igualdade de direitos.
De resto, só a acrescentar o quão desastrosa é a nossa linguagem no que toca aos homossexuais. Se a única coisa que temos a responder-lhes é 'o teu estilo de vida é errado, vais arder no Inferno', então se calhar está na altura de nos calarmos. Ou talvez de adoptarmos uma nova linguagem. Sem nunca abdicarmos dos princípios que vêm escritos na Bíblia, obviamente
A injustiça da parábola do filho pródigo
13 years ago
1 comentários:
Vê no meu blog o ultimo post...para te rires e pensares :)
Armando Miguez
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