Todos criticamos e todos somos criticados. Todos já ficámos decepcionados e todos já decepcionámos alguém. E era bom que não nos esquecessemos disso tão facilmente. Comecemos a reflexão pela crítica...
A crítica é uma palavra que define duas coisas tão distantes quanto díspares: construção e destruição. Como é que uma palavra pode definir duas coisas tão distintas quanto estas? Não sei, talvez seja um qualquer erro linguístico ainda a ponto de ser corrigido, mas a verdade é que encaixamos na mesma expressão a palavra que destrói e a palavra que constrói. Pessoalmente, tenho por hábito o desprezo pela crítica destrutiva. E o meu pensamento é simples de resumir: tudo o que não seja contribuir para a solução não conta com um segundo sequer da minha atenção! Amiúde digo que não preciso que me apontem quais os problemas, porque muitos deles eu também já os vi. Do que preciso, eu e todos os líderes, colaboradores e construtores, é que seja trazida a solução. E é assim que lido com a crítica. É para deitar abaixo? Então falem sozinhos que eu tenho muito, mas muito mais que fazer...é para construir? Então vamos fazer melhor JUNTOS!
Se toda a gente compreendesse o verdadeiro sentido da crítica, talvez fosse mais inteligente na sua utilização. Perguntas como ‘será que saberia fazer melhor’ ou ‘ que contributo poderia eu dar para que isto corresse de outra forma’ são perguntas preliminares à crítica que devem ser feitas interiormente. Porque me dão náuseas verdadeiras aqueles que criticam aquilo que nunca sequer conseguiram ainda estar perto de fazer. Na outra mão, aqueles que criticam porque crêem que é possível fazer melhor (e como eu adoro essa crítica!), que é possível ir mais além, ser mais capaz, mais belo e mais incisivo. A sério, quereria eu que todos os que estão à minha volta me criticassem desta forma, porque quanto mais o fizerem construtivamente, mais potencial de crescimento seria concretizado.
E além da crítica há a decepção, que muitas vezes é resultado de uma auto-crítica que nos deixa a sensação de que poderíamos ter ido mais além. Talvez possamos colar este conceito ao de frustração. E continuo a acreditar que essa decepção, essa frustração é o teu e o meu melhor amigo, na medida em que são elas que nos vão relembrar que é preciso mudar, fazer melhor, pedalar mais. Custa muito a decepção. Deixa-nos aquela sensação de murro no estômago, muito difícil de digerir. Mas pode ser o nosso trampolim de sucesso para o futuro, para um melhor e mais belo e efectivo desempenho. É difícil lidar com a decepção? É, e muito! Mas tê-la é sinal de que estamos no caminho para fazer melhor acontecer. E isso é o que eu pretendo.
Desiludo-me? Sim, muitas vezes. Frustro-me? Ui, nem imaginam o quanto. Mas enquanto me sentir assim e isso me fizer avançar em direcção a um melhor e mais radioso futuro, desculpem mas não me importo um milímetro que seja. E quem quiser ajudar a fazer melhor, junte-se ao clube. Tem aqui a oportunidade de mostrar que, mais do que partir pedra, pretende construir um Reino sempre crescente, inabalável, e contra o qual nada prevalecerá.
A injustiça da parábola do filho pródigo
13 years ago
6 comentários:
Amigo, partilho 100% da tua opinião e do teu estado de espírito. Não sei se estás a "reagir" aos criticos do "MAIS Q MÚSICA", mas se é deixa-me, com a tua permissão, dar-te um conselho, de alguém que compartilha a mesma visão. É um conselho talvez já gasto de tanto se dar, mas ainda é o melhor: "Quando fazemos com convicção alguma coisa para o nosso Deus é só com o que Ele diz e acha que nos devemos preocupar." O que os homens pensam e dizem só serve, muitas vezes, para nos tirar a paz. Paz que a convicção em Deus nos dá.
Um abraço e Deus te abençoe e continue a usar.
Luís Rego (Pr.)
As críticas construtivas são sempre bem-vindas, não é possível crescer-mos sozinhos, fomos feitos para nos ajudar-mos uns aos outros.
Mas críticas vazias que não encaminham para a solução de nada servem. Concordo totalmente contigo ;)
Desilusão? Não lhe chamo desilusão mas ambição de querer mais e mais de Nós próprios, de querer mais de Deus, e isso é bom, é o que Ele quer para Nós.
Não tens, nem tu nem ninguém da fantástica equipa envolvida na organização do Mais Que Música 2010 sentir qualquer tipo de desilusão ou frustração. Foi um evento excelente, cheio do espírito de Deus e que atingiu mais gente do que nós alguma vez imaginaremos. Só vos tenho a agradecer pelos momentos fantásticos que me proporcionaram com Deus.
Obrigado!
O Céu é o Limite! ;)
Pedro Morais
Amigos, não é nenhuma reacção a possíveis críticas ao MQM, porque um fim-de-semana não molda o meu pensamento neste matéria. Aliás, já tinha escrito algumas coisas do género no blog.
De qualquer forma, e falando de algumas críticas que vi ao MQM, reparo que muitas delas se situam no simples deitar abaixo. Não me desmotiva, mas entristece-me, não por mim, mas por quem as faz, sinceramente.
Por estas bandas continuaremos a fazer o nosso trabalho Domingo após Domingo: tornar famoso o nosso de Jesus na nossa cidade...o resto é conversa!
Olá Rúben!
Ontem, como reparaste, escrevi no FB algo que acaba por ter a ver com este artigo "Quando começamos a fazer uma lista dos erros dos outros, provavelmente é porque não queremos ver nem que vejam a nossa."
Quem não faz nada, critica facilmente... é mais fácil falar mal do que construir alguma coisa. Dá muito trabalho e leva muito tempo... poucas pessoas estão motivadas o suficiente para continuar, ter compromisso... então é mais fácil criticar e arranjar claque!!!!
Uma das coisas que tenho aprendido, enquanto estou no meu processo pessoal e também como líder, é a aprender a escutar com mais atenção os outros, quando me desafiam, e a filtrar as críticas pelas convicções que fui construindo. E, para aquilo que só vem para "deitar a baixo", refugio-me na identidade que tenho em Cristo.
Importa termos uma auto-crítica, termos tempo para ouvir Deus e as pessoas que Ele tem colocado à nossa volta para construir as nossas vidas e ministérios (mesmo que isso implique críticas saudáveis).
Continuo a achar que quando trabalhamos para o nosso Reino e não para o Seu reino, em vez de combatermos o Inimigo, começamos a competir e a "matar-nos" uns aos outros.
E já agora (aproveitando a boleia) gostei dos seminários de liderança... vieram na altura certa para a minha vida!
Abraço!
Ana
Ruben, não me conheces, mas por enquanto também não interessa. Mas não te esqueças de uma coisa, muita gente foi testada neste evento, incluíndo eu. Umas chumbaram, outras chumbaram numas coisas e noutras passaram, e outras pessoas mais, simplesmente passaram...Porque foi-lhes testado o coração e tudo que daí provém...isso é o mais importante, o resto interessa mas certamente que é secundário...precisa de ajuste, mas em primeiro, o coração! Bom trabalho pessoal...
Ruben... nem Jesus agradou a todos.
criticas destrutivas infelizmente sempre existirão e essas nem deves dar atenção, este flagelo já vem desde o início, desde quando adão comeu o fruto da arvore do conhecimento do bem e do mal... deu possibilidade ao homem de fazer julgamento... seja ele bom ou mau e sempre irá acontecer. Marco Marques.
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