'Ora pois que aqui andamos.' Podia ser esta a frase que melhor definiria o actual momento do nosso país. Mas não. Com eleições à porta, a Silly Season a rebentar, parece que anda tudo esquizofrénico. Daí que a frase deveria ser algo como 'ora pois que aqui sobrevivemos, sabe Deus como.'
Escutas na Casa da Presidência, recusas de debates, barulheira infernal a ocupar os telejornais das 20h às 21h, ininterruptamente. É esta a agenda política do país. E ainda nos vamos espantando com as incongruências deste pedaço de terra. Isto tudo porque amanhã vai faltar um mês para eleições legislativas. Portanto, se isto foi até aqui, imaginem como serão os próximos 30 dias. Alguém me traga um copinho de água com açucar, estou a desmaiar...
'Ora pois que aqui andamos', contentes e felizes, felizes com a relativamente aceitável mediocridade em que nos temos transformado. Apre (bela expressão)! Já fomos grandes e capazes, porque não o podemos ser agora? Porque temos de nos contentar com esta madronha, com esta lenga-lenga que é a tentativa de sacudir a água do capote. O povo diz que é o governo, o governo diz que é o povo. Ficamos onde?
Tudo isto porque vêm aí eleições, e ou muito me engano, ou ficamos todos na mesma. Mas não porque vai ganhar x ou y. Apenas porque o povo é o mesmo, e os políticos também. Logo...
A injustiça da parábola do filho pródigo
13 years ago
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