Este Blog...

É fruto da maneira como vejo o mundo. Aceitam-se discordâncias e divergências, sempre dentro de uma lógica de boas maneiras, claro!

Sejam bem-vindos!

Wednesday, May 27, 2009

O Jogo da Década...

Daqui a pouco menos de 3 horas começará o jogo do ano e um dos mais aguardados da década, quando as duas melhores equipas de futebol da actualidade (e a grande distância das outras...) se defrontatem na final mais aguardada dos últimos tempos. Será uma tremenda luta entre estilos completamente diferentes, e uma prova de que diferentes formas de ver e trabalhar podem levar a um mesmo resultado: a excelência. Senão vejamos: enquanto que o Manchester é o exemplo máximo de clube-empresa, com lucros anuais que ultrapassam largamente o nosso entendimento, o Barcelona representa um clube mais preocupado com as causas sociais, como o prova o 'patrocínio' gratuito da Unicef nas suas camisolas. Representa o duelo entre dois treinadores em tudo diferentes, Alex Ferguson e Pep Guardiola. Um representa uma escola mais antiga, pouco baseada na imagem e mais baseada no trabalho (não esquecer que este senhor foi o único que, até agora, roubou um título nacional a José Mourinho...), enquanto Guardiola é filho de uma geração diferente, mais 'apresentável', mais direccionada para o espectáculo, com os resultados que vimos esta época.

E depois há 'aquele' duelo. O duelo que levará tanta gente a prestar atenção ao jogo. Cristiano Ronaldo vs Messi. Os dois melhores jogadores da actualidade (a grande distância dos demais) e que vão dar toda uma dimensão extra ao encontro. O espectáculo puro de força e técnica (Ronaldo) contra a visão mais romântica e menos 'bruta' do futebol (que Messi representa).

Mas há algo que ainda queria focar mais na antecipação deste jogo. O respeito que toda a gente teve uns pelos outros. Desde Ronaldo (quem diria?) a Messi, passando por Ferguson e Guardiola, e estendendo-se a todos os jogadores. Messi disse que pagaria para ver Ronaldo jogar. Eu digo mais: pagaria para ver qualquer um destes 'senhores'. E logo à noite eles vão dar-me razão!

Vamos a isso! Abram a porta aos gladiadores...

Tuesday, May 26, 2009

Autêntico

Ser autêntico é uma necessidade no mundo actual. Estamos todos fartos de ser enganados e creio também não estar muito longe da verdade se disser que estamos todos fartos de ser enganadores. Portanto estamos todos ansiosos por ser autênticos e verdadeiros nas nossas reacções, comportamentos e decisões.

A questão é porque é que não o somos ainda? E porque provavelmente nunca o seremos totalmente? No meu entender a resposta é demasiado complexa. As noção de política e socialmente correcto, o medo das consequências, a incapacidade de assumir erros, fracassos e falhas, e por aí fora. Todos eles nos impedem de ser autênticos naquilo que fazemos e/ou dizemos.

Surge isto porque esta semana decidi começar a 'reparar' no número de vezes que não sou autêntico, no número de vezes em que digo uma coisa e estou a pensar outra, só porque não quero ser incorrecto. No número de vezes em que não confrontei uma pessoa só porque não quis ser incorrecto, ou porque tive medo da sua reacção. No número de vezes que fiz uma coisa que não queria só porque quis 'ganhar uns pontos'. E arrepiei-me, confesso. Arrepiei-me porque chego à conclusão que, na maioria das vezes a autenticidade não é mais que uma pequena 'pedra de tropeço' no nosso caminho para o sucesso. Compreendam-me. Não quero aquela lógica em que eu digo as coisas porque tenho que as dizer e quem se 'lixa' é quem ouve, nada disso. Isso é de um egoísmo atroz. Mas também não acredito que dissimularmos sentimentos e valores, escondendo-os atrás de acções, não é correcto, nem para nós, nem para quem nos rodeia. Afinal, a grande valia do ser humano é aquilo que ele é, e não aquilo que ele faz. E se nós dissimulamos aquilo que somos, o que restará de nós, pobres mortais? Apenas passaremos a valer por aquilo que fazemos?

Acho que percebo melhor o porquê da direcção para onde o mundo caminha...

Wednesday, May 6, 2009

E as Papas Maizena???

Frase do ano do mundo político...

'Paulo Rangel tem de comer muita papa Maizena para chegar aos calcanhares de Basílio Horta'

O debate político em Portugal é mesmo de alto nível...

Monday, May 4, 2009

Quantos segundos de fama?

Afinal, o que é a fama? Acho que é justo sabermos responder a esta pergunta, tendo em conta que estamos a instruir a nossa sociedade, e especialmente os mais novos, a viverem para a alcançarem. Descobri que a resposta, ao contrário do que costumamos aceitar, não é assim tão simples. Bastou uma pequena pesquisa por esta maravilha que é a net para perceber que a questão tem vários equívocos à partida. O primeiro equívoco é que é bem mais antiga do que pensamos. Lord Byron, poeta romântico inglês do início do século XIX respondeu um dia à pergunta 'o que é a fama?', dizendo que 'é a vantagem de ser conhecido por pessoas acerca das quais nada sabes, e com as quais nem sequer te preocupas.' A 'idade' avançada desta questão também é perceptível noutra frase de Byron, 'a fama é a sede da juventude'. Estávamos no século XIX...

No meu entender o problema passa em grande parte pela mensagem que estamos a passar às mais novas gerações. Nunca tanto como hoje se confundiu sucesso, fama e felicidade. São três conceitos distintos, mas que infelizmente temos tendência a juntar. Isso leva a criarmos gente muito famosa, muito bem sucedida (dentro 'daqueles' parâmetros de sucesso pelos quais nos regemos) mas muito pouco feliz. Andamos a criar uma geração 'vaidosa' segundo aquilo que escreveu George Santayana, filósofo, poeta, e humanista espanhol que disse que 'a maior demonstração de vaidade é o amor pela fama'. Deixámos instalar no nosso meio uma mentalidade de fama. Não importa aquilo que venhas a fazer, desde que sejas famoso com isso. Já nem sequer se trata de ser excelente ou altamente capaz ou profissional, mas apenas de conseguir cumprir, no mínimo, os tais 15 segundos de fama a que tenho direito...

Henry Wadsworth Longfellow, poeta americano do século XIX tem aquela que eu considero a frase lapidar sobre a fama: 'O talento do sucesso não é mais do que fazer bem aquilo que está ao nosso alcance, e fazer bem tudo o que houver para fazer sem pensar em fama. Se ela vier, então será por mérito, nunca porque corremos atrás dela.' E além disso, faço minhas as palavras de outro poeta e ensaista norte-americano, Thoreau: 'Mais do que amor, dinheiro, ou fama, dêem-me a verdade.' Isto não vos faz lembrar 'conhecereis a verdade e verdade vos libertará'?