Foi a primeira vez que não consegui acompanhar em permanência e com cuidado uns Jogos Olímpicos desde Barcelona '92. Confesso que tive pena de não ter visto, ao vivo e a cores, as proezas de Phelps, Bolt e companhia. Ou até as desilusões da Naide ou da Telma. Os Jogos representam algo de quase místico e aprendi a conviver e respeitar isso desde criança.
A magia dos Jogos traz-me à memória momentos que creio nunca irei esquecer, como a flecha a ser lançada no acender da tocha em Barcelona, ou acender da tocha no meio de água em Sydney. Esssa magia possibilita aquilo que é a grande virtude dos JO's, que está no facto de ultrapassarem a esfera desportiva. Os Jogos conseguem tocar a esfera social, política e humana com uma facilidade incrível.
Apesar da falta de tempo consegui assisitir à cerimoónia de abertura e à de encerramento. A de abertura deixou-me completamente louco! Momentos únicos e de beleza fantástica. Colocaria a cerimónia no topo dos momentos altos.
Emocionei-me com o salto do Nélson, com a forma como conseguiu transformar em realidade o sonho. Precisamos disto. De força para compreender que os sonhos só fazem sentido quando concretizados. De discernimento para perceber que a corrida é longa e que as dificuldades não fazem mais que preparar-nos para o alcançar de novas metas, 'esticando' a nossa vida.
E agora, que os Jogos acabaram, que comecem outros, ainda mais fantásticos pela força que demonstra quem neles participa. Falo dos Paralímpicos. São uma demonstração de que as circunstâncias não determinam os meus limites. Quem coloca a fasquia sou 'eu'. E quanto mais alta a colocar, quanto menos me conformar com os padrões que o mundo oferece, quanto menos me deixar tentar pelo conforto, mais alta a fasquia ficará e mais alto será o salto em direcção ao futuro.
Porque construir o futuro é a nossa medalha de ouro do dia-a-dia....
A injustiça da parábola do filho pródigo
13 years ago
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